O primeiro-ministro enquadrou esta quarta-feira a promulgação pelo Presidente da República do Orçamento do Estado para 2017 entre os factores de estabilidade política e garantiu que o défice este ano ficará abaixo de 2,5%, a meta europeia.
António Costa falava perante os membros do Conselho da Diáspora das Comunidades Portuguesas, em São Bento, num discurso em que também adiantou que as exportações vão crescer 6% em 2016.
"Pela primeira vez teremos o nosso défice orçamental a cumprir as regras da União Europeia. Agora, que já faltam poucos dias para o final do ano, já podemos dizer com tranquilidade e segurança que o défice ficará mesmo abaixo dos 2,5%, o limite que tinha sido fixado pela Comissão Europeia. Ficaremos abaixo, com conforto, dos 2,5%", declarou o líder do executivo.
António Costa disse que 2016 foi o ano da viragem e que Portugal goza de estabilidade política e social. A promulgação do Orçamento do Estado dá conforto para 2017.
“O país goza de saudável estabilidade política. Hoje, o senhor Presidente da República promulgou o Orçamento do Estado para 2017, o que significa que até metade da legislatura a política orçamentar está definida, aprovada, estabilizada. Portanto, com serenidade vamos executando esta transição política”, salientou.
Para o próximo ano, o objectivo passa por "começar a reduzir progressivamente a nossa dívida, que é elevada".
"Tudo isto cria condições para reforçar a confiança na economia portuguesa e na capacidade de enfrentar os desafios do futuro", afirmou António Costa.
Face ao desafio do Presidente da República, de ser necessário um crescimento económico superior ao dos últimos anos, António Costa respondeu com os indicadores de 2016.
"Temos este ano tido condições para que o país tenha retomado uma trajectória de crescimento. No terceiro trimestre de 2016, fomos o país da União Europeia que mais cresceu em termos homólogos, fomos o que mais empregou criou em cadeia, o nível de investimento externo tem subido significativamente, 7,7% no primeiro semestre do ano e os números que vamos recebendo é que o segundo semestre vai acompanhar o ritmo", frisou.