A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja recebeu, esta terça-feira, o Prémio APAV 2022, "pelo apoio na desocultação de situações de violência, sua caracterização e estudo, e futura intenção de melhor auxiliar a atuação da Igreja Católica face a situações de violência sexual".
Os seis membros que integram a Comissão vão estar presentes na cerimónia da entrega do prémio, que se realiza na sede da APAV, em Lisboa.
A Comissão Independente, criada a pedido da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) a novembro de 2021, organiza-se de forma autónoma e independente da Igreja Católica e apresenta-se e afirma-se isenta, independente e não influenciável.
O Prémio APAV foi criado em 2020, a propósito do 30.º aniversário da associação. Destina-se a distinguir pessoass singulares ou coletivas que se destaquem na defesa e na promoção dos fins, missão e visão da APAV.
O troféu foi desenvolvido por Gonçalo Falcão e Tiago Águas, partindo da “ideia de transformar um processo negativo num positivo”.
A prevenção de abusos sexuais, mas também de incidentes violentos ou assaltos, é uma preocupação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2023 Lisboa), que pediu ajuda à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) para preparar o evento. Apesar do historial das Jornadas indicar que se trata de um acontecimento pacífico, é internacional, e há que proteger peregrinos e os voluntários.
O presidente da Fundação JMJ, D. Américo Aguiar, que já conhecia o trabalho da APAV, no âmbito da Comissão de Proteção de Menores do Patriarcado de Lisboa, sublinha a importância desta parceria: “Foi um alívio poder receber o sim e a disponibilidade deles, e estamos na fase de ver o que é que se tem de fazer, para que a APAV possa, em nosso nome e connosco, assumir esse dossier."