O comentador d’As Três da Manhã considera que os resultados positivos de 65,6 milhões, em 2022, apresentados pela TAP “são muito positivos”.
“É muito raro a TAP dar lucros e, portanto, isto hoje o dia é para celebrar. Nos últimos cinco anos, não tinha dado e o último ano tinha dado um prejuízo de mais de 1.600 milhões euros”, argumenta.
Aludindo ao comunicado da TAP que indica que a companhia aérea “teve um aumento de 1.664,7 milhões de euros face ao ano anterior”, João Duque explica que “isso quer dizer que partiu de praticamente 1.600 milhões e chegou acima da linha de água com 65 milhões. E isso é positivo”.
Questionado sobre se o resultado é assim tão positivo como inicialmente poderíamos ler, o comentador refere tratar-se de uma boa questão, destacando que é importante saber como “se compara este valor com o que era expectável com o plano de reestruturação, que não conhecemos”.
“Aquilo que foram notícias que foram saindo, houve notícias a dizer que a TAP ir dar 30 e ‘picos’ milhões. Houve uma notícia a dizer que a TAP ia dar 140 milhões, agora em função desse número que foi lançado para o ar, podemos achar o número de 65 bom ou mau, mas não tenho referência para comparar com aquilo que seria expectável face ao plano de reestruturação”, sublinha.
A finalizar o seu comentário, João Duque reconhece que Christine Ourmières-Widener “merece o aplauso por ter conseguido colocar a TAP num sítio que é muito difícil colocar”.
“E até fez uma coisa que é louvável, isto é, a variação de receita é superior à variação do número de passageiros, o que quer dizer que até aumentou o valor médio do da fatura por passageiro transportado e mesmo deduzindo o fenómeno da inflação”, destaca.
Para o comentador, “em termos reais, isso é positivo e deve ser aplaudido e, portanto, significa que a senhora tem uma performance que acho que é de louvar neste aspeto, independentemente do processo que lhe estão a mover por incumprimento de outras questões”.