O Sindicato dos Jogadores condenou, em comunicado, o que considera serem "comportamentos desrespeitosos, manifestações de ódio e violência na época 2022/2023 e demonstra total apoio a Mehdi Taremi".
O organismo refere que "o ambiente de perseguição constante que põe em causa a conduta profissional de Mehdi Taremi, é infelizmente um exemplo desta degradação, faltando acima de tudo bom senso a vários intervenientes".
"Cabe às equipas de arbitragem, e apenas a estas, fazer dentro do terreno de jogo a sua avaliação sobre os lances. Essa aceitação, sem prejuízo dos comentários próprios dos adeptos, pressupõe o respeito pelo jogo e pelos protagonistas, sobretudo de quem tem responsabilidades públicas", pode ler-se.
O Sindicato dos Jogadores afirma que "a liberdade de imprensa é um valor fundamental e inabalável da nossa democracia. Neste contexto, é notório que o protocolo da Liga, ao dirigir-se aos senhores jornalistas, limita esta liberdade. Da mesma forma, os jogadores e treinadores têm o direito de aceitar ou recusar responder a determinadas perguntas que lhe são feitas".
Recorde-se que o FC Porto não compareceu com o treinador à conferência de imprensa depois do empate em casa do Estoril em protesto com uma pergunta feita a Taremi sobre as críticas de simulação de faltas para grande penalidade.
"Em vez de cada uma das partes levar ao extremo o exercício das suas liberdades, o que se exige é que respeitem o âmbito da sua intervenção e tenham bom senso. O Sindicato dos Jogadores está disponível para, junto das entidades desportivas, reguladoras e de prevenção e combate à violência, trabalhar no sentido de encontrar soluções e fomentar um discurso diferente daquele que apenas tem servido para agravar os problemas", sugere o Sindicato.