Empresas da Azambuja "têm estado a cumprir", mas Governo pode tomar mais medidas
11-05-2020 - 12:40
 • Renascença

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, salienta a importância da ação precoce.

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As empresas da Azambuja, um dos novos focos nacionais da pandemia da Covid-19, estão a cumprir as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), contudo, isso não impede o Governo de estar atento e estudar a imposição de novas medidas, se tal se justificar.

A garantia é do secretário de Estado adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que é coordenador do programa de combate à pandemia da Covid-19 na região de Lisboa.

"Pareceu-nos no geral que as empresas têm estado a cumprir. Ainda assim, merece um olhar atento nos próximos dias e avaliar se se justifica tomar medidas adicionais. Para já, é monitorizar de forma muito atenta, num trabalho cuidado e de estreita proximidade entre as autoridades de saúde locais, as empresas e a Câmara Municipal. Se tivermos evolução [dos contágios], vamos avaliar as medidas, que devem ser proporcionais e ajustadas à dimensão da situação", afirmou Duarte Cordeiro, em declarações aos jornalistas, após uma reunião na Azambuja.

Avipronto cumpriu recomendações da DGS

Nessa reunião, esteve presente a administração da Avipronto, empresa em que já foram detetados 101 casos do novo coronavírus e que, apesar disso, está pronta para reabrir. O secretário de Estado explicou:

"A empresa teve orientações muito claras por parte da saúde pública que, sem cumprir, não poderia reabrir. Se cumpriu, pode reabrir. É assim que temos de funcionar. Não devemos tomar decisões precipitadas, porque, por vezes, a situação está confinada. Foi identificado um conjunto de casos, foram testados todos os trabalhadores e isolados os casos positivos. Se uma empresa não cumprir escrupulosamente todas as indicações, automaticamente tem de fechar. As empresas têm de ter atenção: retomar a atividade implica responsabilidade e isso é algo que temos de acompanhar de muito perto."

Duarte Cordeiro acrescentou, ainda, que "é muito importante as empresas perceberem que, quanto mais cedo detetarem situações e contactarem as autoridades de saúde, melhor é para as próprias empresas".

"No fundo, há uma diferença muito grande entre detetar um caso precoce e isolá-lo, e ter toda a sua atividade parada porque, entretanto, criaram foco de contaminação", sublinhou o secretário de Estado.