O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público não está surpreendido com a indicação dada pela ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, de não renovar o mandato de Joana Marques Vidal à frente da Procuradoria-geral da República (PGR).
Em declarações à Renascença, o presidente do sindicato, António Ventinhas, diz que Van Dunem já tinha “transmitido esta posição”.
Questionado sobre a prestação de Joana Marques Vidal no cargo, Vetinhas considera que “fica como grande marca do mandato o combate à criminalidade económica-financeira que assumiu outros patamares nunca vistos até agora”.
Joana Marques Vidal assumiu o cargo em Outubro de 2012, completando agora mais de seis anos à frente daquele órgão do Ministério Público.
A Renascença pediu mais esclarecimentos à Procuradoria-geral da República, que se escusou a comentar o caso.
"De acordo com a Constituição da República Portuguesa e o Estatuto do Ministério Público, trata-se de matéria da competência do Presidente da República e do Governo, não cabendo à procuradora-geral da República pronunciar-se sobre a mesma", respondeu.