A chefe do governo autónomo da Escócia, Nicola Sturgeon, anunciou ser sua intenção promover um novo referendo sobre a independência em fins de 2018, princípios de 2019. Em Setembro de 2014 realizou-se um referendo, tendo 55% dos votantes optado pela permanência no Reino Unido.
Só que, entretanto, também em referendo, os britânicos deram luz verde ao brexit. Ora nesse referendo a maioria dos escoceses (62%) votou pela permanência na UE. Daí um novo referendo sobre a independência da Escócia, com o objectivo de ficar na UE.
Só que, como era previsível, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha veio afirmar que Madrid se oporá a que uma Escócia independente entre para a UE. Para evitar um precedente que viesse a ser utilizado pela Catalunha, claro. Por isso, também, a Espanha é um dos poucos países europeus que não reconheceu a independência do Kosovo, antes integrado na Sérvia.
Tendo a Câmara dos Comuns dado luz verde ao governo de Theresa May para abrir o processo de saída da UE (sem atender às recomendações feitas pela Câmara dos Lordes), o governo da Escócia poderá agitar a possibilidade de independência. Mas o mais provável é tentar aumentar o seu presente grau de autonomia em relação a Londres, que já é apreciável.