O Governo publicou as alterações às tabelas de IRS para o segundo semestre do ano e há quem vá pagar menos impostos.
É o caso das famílias numerosas, que serão as mais beneficiadas com as modificações nas tabelas de retenção na fonte, que entram em vigor no mês de julho.
De acordo com os dados atualizados pelo Censos de 2021, estamos a falar de 131.500 famílias com três ou mais dependentes.
Quanto é a poupança?
Estamos a falar de um alívio extra que pode ir dos 27 aos 76 euros mensais.
A diferença depende da dimensão do agregado familiar e dos rendimentos. Por exemplo: a poupança máxima estimada verifica-se nas famílias com três ou mais dependentes com rendimentos brutos até 1.750 euros por mês.
Com a redução adicional de um ponto percentual na retenção da fonte, a poupança mensal é de pouco mais de 76 euros, que é o valor mais elevado que os agregados com três ou mais filhos podem poupar com as novas tabelas de IRS.
Quando é que estas novas tabelas entram em vigor?
A 1 de julho deste ano, uma vez que estamos a falar de novas tabelas de retenção na fonte para o segundo semestre de 2023.
Portanto, já a partir de julho, as famílias numerosas poderão descontar até menos 76 euros por mês no IRS. Mas atenção: quem paga menos imposto terá, depois, um reembolso mais reduzido em 2024. Ou seja, tudo o que não for retido este ano vai acabar por ser descontado no acerto de contas.
E as famílias não numerosas, como ficam?
No caso das famílias com um ou dois filhos, fica tudo praticamente igual. Também nestes casos pode haver uma perda global, tendo em conta que os reembolsos em 2024 poderão ser reduzidos.
Por exemplo: um contribuinte com rendimento até mil euros brutos pode ter uma redução mensal de IRS até 34,50 euros face aos descontos atuais, mas, quando entregar a declaração de rendimentos, o reembolso será mais reduzido.
Outro exemplo: quem ganha até 2.500 brutos passa a descontar menos 27 euros, o que significa que haverá um ligeiro acerto, isto é, um ganho no reembolso de 2024.