A CP - Comboios de Portugal suprimiu 62 comboios dos 254 programados para entre as 0h00 e as 8h00 desta quinta-feira devido à greve dos trabalhadores. A maioria urbanos de Lisboa e regionais.
De acordo com a empresa, dos 66 comboios regionais previstos não se fizeram 24 ligações e nos urbanos de Lisboa estavam programados 115 e foram suprimidos 26.
Nos urbanos do Porto, estavam previstos para aquele período 53, tendo sido suprimidos sete e nos comboios de longo curso, realizaram-se 11, das 12 ligações previstas.
Depois de vários dias de greve entre as 0h00 e as 2h00 e de um dia inteiro na passada quinta-feira, até 30 de abril a paralisação na IP e na CP será a partir da oitava hora de serviço.
Até final do mês, "na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 0h00 e as 5h00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço".
Até 30 de abril, na IP, "os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 0h00 e as 5h00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço".
Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF - Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB - Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA - Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP - Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas; o SIOFA - Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO - Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF - Serviços Técnicos Ferroviários.
Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) está em greve durante todo o mês de abril, face à "atitude de desconsideração" de que acusa a empresa.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão "aumentos salariais efetivos", a "valorização da carreira da tração" e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.
Ainda reclamada é uma "humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede", um "efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes" e o "reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo".