“Isso é completamente falso. Vi essa notícia num jornal ou num canal de televisão e é completamente falso. Já tivemos até oportunidade de trocar mensagens depois disso ter acontecido”. Francisco Assis reage assim às notícias de que ele e José Luís Carneiro não se tinham cumprimentado num evento no Porto. Assis, que já anunciou o apoio a Pedro Nuno Santos nas eleições do partido defende, acima de tudo, a união do partido, para umas eleições que acredita que não vão ser fáceis.
“Este é um momento de unidade. O Partido Socialista tem que compreender que estamos a poucos meses de umas eleições legislativas e que partimos para estas eleições legislativas numa situação de alguma dificuldade, por razões óbvias”, afirmou à Renascença à margem de uma conferência sobre o papel da Igreja face aos desafios socioeconómicos, que se realizou, esta quarta-feira à noite na paróquia de Monte Gordo.
“Mas também partimos com vontade de iniciar um novo ciclo. Um novo ciclo no PS e em Portugal”, acrescentou.
De fora desse novo ciclo, em termos políticos, parece colocar-se o próprio Francisco Assis, que atualmente é presidente do Conselho Económico Social (CES).
“Eu não estou, neste momento, especialmente preocupado com isso. Estou no CES há três anos e meio, a desenvolver um trabalho que julgo que foi bastante interessante. Estamos a concluir esse trabalho, veremos. Neste momento é absolutamente precoce fazer qualquer consideração sobre esse tema”, realça.
Sobre as mais recentes sondagens, que colocam o PS à frente nas intenções de votos, Francisco Assis prefere desvalorizar e deixa uma estratégia para o partido ganhar as eleições.
“As sondagens não valem nada, nem podemos fiar-nos nas sondagens. O PS tem condições para disputar a vitória, mas tem de apresentar projetos claros para o País, tem de ter um discurso afirmativo, tem de ter a preocupação de falar verdade aos portugueses, não esconder nenhuma das dificuldades com que estamos confrontados, e apresentar soluções que são as nossas, com a nossa linha de pensamento político”, defende.
Para os próximos dias, Francisco Assis promete tornar público um texto em que vai explicar porque apoia Pedro Nuno Santos e o considera a “pessoa em melhores condições para unir o partido, para liderar o partido nesta fase, e para galvanizar os militantes e simpatizantes, tendo em vista a afirmação vitoriosa do projeto do PS nas próximas eleições”.