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O tribunal decretou a prisão preventiva dos quatro homens detidos por suspeitas de tráfico de droga, entre os quais um agente da PSP de Gondomar, adiantou à Lusa fonte ligada ao processo.
Os quatro detidos foram ouvidos esta terça-feira por um juiz de instrução.
Inicialmente, a PSP deteve três homens, incluindo o agente da PSP, com idades entre os 34 e os 46 anos, pelas 23h35 de domingo, na sequência de uma investigação dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal e executada pela PSP.
"Estes indivíduos foram detidos em flagrante delito, na zona do Montijo, na posse de 249.000 doses de produto estupefaciente (haxixe), que tinham adquirido no sul de Espanha", avançou a PSP, esclarecendo que "a investigação decorria há cerca de 16 meses e seguiu todos os passos de uma organização criminosa responsável por introdução, no norte do país, de grandes quantidades daquele tipo de estupefaciente".
No comunicado, a direção nacional da PSP afirmou que "um dos detidos é agente desta PSP, colocado no Comando Metropolitano do Porto".
No âmbito da detenção de domingo, foram realizadas seis buscas domiciliárias e duas não domiciliárias, que resultaram na apreensão de "mais 1.000 doses de estupefaciente, 15.000 euros em dinheiro, quatro viaturas utilizadas pela organização para o desenvolvimento da sua atividade e outros artigos relevantes para o inquérito em curso".
Além dos três detidos, após diligências realizadas na segunda-feira, a PSP deteve mais um elemento do grupo - um homem de 40 anos - e foi ainda constituído arguido um outro homem, de 37 anos.
Fonte ligada à investigação disse à Lusa que o agente da PSP prestava serviço na esquadra de Gondomar, distrito do Porto, e aproveitava as folgas sindicais para a realização deste tipo de atividade relacionada como o tráfico de drogas.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Sindical de Profissional da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues, confirmou que o agente da PSP detido é delegado sindical deste sindicato e avançou que "vai ser aberto um processo interno para expulsão deste associado da ASPP".
Paulo Rodrigues indicou, ainda, que o agente da PSP detido "vai deixar de exercer imediatamente as funções de delegado sindical", uma vez que o regulamento do sindicato não permite que os seus membros sejam suspeitos de crimes graves.
De acordo com a Direção Nacional da PSP, esta operação envolveu 45 polícias e participaram na investigação o Departamento de Investigação Criminal, o Comando Metropolitano do Porto, o Comando Metropolitano de Lisboa, o Comando Distrital de Faro e o Grupo de Operações Especiais, tendo ainda colaborado o Corpo Nacional de Polícia do Reino de Espanha.