Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
A secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, avançou esta sexta-feira que já meio milhão de pessoas descarregaram a aplicação Stayaway Covid, que permite rastrear contactos de infeção.
“Voltamos a sublinhar a necessidade e utilidade da adesão dos portugueses [a aplicação]”, disse a governante na conferência de imprensa de balanço da pandemia da Covid-19 em Portugal.
A aplicação móvel, lançada terça-feira no Porto na presença do primeiro-ministro, António Costa, permite rastrear, de forma rápida e anónima e através da proximidade física entre smartphones, as redes de contágio por Covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus. A sua instalação é voluntária.
Em declarações à agência Lusa, Rui Oliveira, administrador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), avançou que a aplicação contabilizava já um total de 535.978 downloads, sendo que 160.360 correspondiam ao sistema operativo iOS e 375.618 ao sistema operativo Android.
“Claramente que este é um sinal muito positivo”, salientou o responsável, que espera que a aplicação chegue a todos os portugueses que usam smartphones, cerca de seis milhões de pessoas.
“Seis milhões de portugueses era, pessoalmente, o meu objetivo. Ser ambicioso, neste caso, não tem mal nenhum”, frisou.
À Lusa, Rui Oliveira revelou que, além do meio milhão de utilizadores, já se começa a notar “interação” na aplicação, havendo “algumas dezenas” de médicos a gerar códigos.
“Se alguém introduziu o código na aplicação, isso já não sabemos, mas esta interação mostra-nos que a aplicação está, de facto, a funcionar”, disse.
Na altura, o chefe do Governo considerou que instalar nos telemóveis a aplicação Stayaway Covid é um “dever cívico” para travar a pandemia enquanto não existir uma vacina.
“Entendam que é um dever cívico descarregar esta aplicação e sinalizarem se vierem a ser diagnosticados como testando positivo”, afirmou António Costa, na cerimónia que contou com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido.
Contudo, a organização de defesa do consumidor Deco Proteste colocou reservas à instalação nos telemóveis desta aplicação, invocando a possibilidade de uso não-declarado e indevido de dados pessoais pela Google e Apple.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 869.718 mortos e infetou mais de 26,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.833 pessoas das 59.457 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.