A antiga ministra centrista Assunção Cristas apresentou a sua candidatura à liderança do CDS. "Sou candidata à liderança do CDS".
A decisão já estava tomada “há muito tempo” e apenas dependeu de si, da “família” e das “condições” que viu no partido. “Sou uma pessoa de diálogos e de pontes, não sou alguém que divide”, disse.
Numa declaração no largo do Caldas, em Lisboa, Assunção Cristas diz que "o CDS precisa de todos. O CDS nunca foi o partido de um homem só e não será, garantidamente, o partido de uma única mulher".
A candidata centrista diz-se “preocupada com o país, preocupada com o desgoverno que torna tudo aparentemente fácil, com um Governo que desfaz sem gradualismo e sem critério aparente, que desconfia do sector privado e do sector social e que parece desconhecer a importância do sector privado”.
O CDS-PP vai ser "oposição robusta, clara e firme" para "quando chegar o momento" ser o melhor para governar", acrescenta Cristas, que se mostrou preocupada com a "deriva" de esquerda do actual Governo.
Numa altura em que "o voto útil deixou de fazer sentido, mais do que nunca o CDS tem condições para crescer e afirmar-se" até por que o "centro-direita deve ser uma alternativa ambiciosa e credível" e fazer oposição “firme e construtiva”.
Depois de elogiar Nuno Melo, que decidiu não avançar na corrida à liderança do CDS apoiando a sua candidatura, Assunção Cristas deixou também uma palavra especial a Paulo Portas pela sua "dedicação, determinação e capacidade de concretizar" em nome do partido e do país.
Promete "diálogo próximo com o PSD", mas reafirma que "são projectos autónomos" e que a prioridade é o CDS "crescer muito" com projecto "credível".
"Trabalharei por um Portugal atento aos mais necessitados", terminou dizendo.
Nos próximos tempos, Assunção Cristas vai ouvir o partido para construir a sua moção de estratégia para o congresso, onde se vai escolher o substituto de Paulo Portas, que está marcado para 12 e 13 de Março.