O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, “congratulou-se” com a votação, esta terça-feira, da comissão de Negócios Estrangeiros do parlamento turco a favor da adesão da Suécia à Aliança Atlântica, passo que abre caminho à “luz verde” formal do país.
A Turquia foi o último membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), juntamente com a Hungria, a retardar a adesão da Suécia.
“Conto que (os dois Estados) concluam o mais rapidamente possível os seus processos de ratificação” da adesão da Suécia, “o que tornará a NATO mais forte”, declarou Stoltenberg num comunicado.
A comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros turca aprovou esta terça-feira o pedido de adesão da Suécia à NATO, e o protocolo de adesão terá agora de ser aprovado numa reunião plenária do Parlamento, cuja data está ainda por marcar, na última fase do processo legislativo na Turquia.
A Turquia é o último membro da Aliança Atlântica, juntamente com a Hungria, a bloquear a adesão da Suécia à NATO, através de sucessivas exigências.
A Suécia apresentou o seu pedido de adesão ao mesmo tempo que a Finlândia — que foi admitida em abril — após o início da guerra russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
A Turquia, membro da NATO, adiou a ratificação do pedido de adesão da Suécia durante mais de um ano, acusando o país de ser demasiado permissivo em relação a grupos que Ancara considera como ameaças à sua segurança, incluindo militantes curdos e membros de uma rede que Ancara responsabiliza por um golpe de Estado falhado em 2016.
No início deste mês, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, associou a ratificação da adesão da Suécia à NATO à aprovação pelo Congresso dos Estados Unidos de um pedido turco de compra de 40 novos caças F-16 e de kits para modernizar a frota existente na Turquia.
Erdogan apelou também ao Canadá e a outros aliados da NATO para que levantem os embargos de armas impostos à Turquia.