Não há exceções, todos os produtos importados dos Estados Unidos vão ficar mais caros já a partir do próximo mês.
Assim decidiu esta quinta-feira a Comissão Europeia, em retaliação contra a decisão de Donald Trump de impor taxas aduaneiras sobre aço e alumínio exportado da UE para o território norte-americano.
A lista final de produtos dos EUA que vão passar a ser taxados à entrada no bloco europeu ainda está a ser fechada, mas uma primeira versão já é conhecida e integra quase 200 produtos diferentes, entre jeans Levi's, milho, sumo de laranja, manteiga de amendoim, o famoso bourbon do Kentucky e até motociclos de marcas norte-americanas, como a Harley-Davidson.
No total, são 182 categorias de produtos norte-americanos que, já a partir de julho, passam a pagar uma tarifa agravada de 25% na alfândega de qualquer um dos Estados-membros da União Europeia.
A medida abrange apenas os produtos produzidos nos Estados Unidos, que passam a chegar ao mercado europeu mais caros.
A primeira versão indicava que apenas os baralhos de cartas não iam sofrer um agravamento, mas afinal era apenas um lapso, que já está a ser corrigido. Nem o jogo escapa na resposta europeia ao agravamento das tarifas sobre o alumínio e o aço europeus, uma medida que deverá custar 6,4 mil milhões de euros.
Com a imposição de tarifas sobre os produtos norte-americanos, Bruxelas espera equilibrar o défice no comércio externo com os Estados Unidos em 2,8 mil milhões de euros. Os restantes 3,6 mil milhões deverão ser corrigidos nos próximos três anos, com a intervenção da Organização Mundial do Comércio (OMC).