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O líder do PS, Pedro Nuno Santos, rejeita que o processo de escolha dos candidatos às eleições legislativas tenha sido "atribulado" e diz que as listas conciliam “renovação com experiência”.
Pedro Nuno Santos falava aos jornalistas no final da Comissão Política do PS, que aprovou as listas por uma larga maioria: “ Em 86 votos, apenas três votaram contra as listas”, revelou.
“Não podemos dizer que foi um processo atribulado. Os processos de elaboração de listas têm sempre alguma tensão. Há entradas e saídas, isso é normal, mas não é atribulado. Houve uma larga maioria”, declarou o secretário-geral socialista.
Questionado sobre o caso de Álvaro Beleza, que desistiu de ser cabeça de lista por Vila Real após críticas da estrutura local, Pedro Nuno Santos desvaloriza “desencontros durante o processo de elaboração das listas”.
O secretário-geral afirma que “o PS é o maior partido português e as listas traduzem a pluralidade”, após eleições internas, e promovem a “coesão do partido”.
Entre os cabeças de lista às legislativas de 10 de março estão vários ministros do atual Governo. O líder do PS defende que há uma renovação de nomes, mas “quem esperava uma ruptura com o passado, engana-se”. “Estamos de bem com o nosso legado”, frisou.
“Cinquenta por cento são novos cabeças de listas, alguns continuam, alguns são membros do Governo. O PS é um partido com quadros qualificados, com experiência governativa. Temos uma legislatura que foi interrompida, muitos membros do Governo têm feito um excelente trabalho que nós queremos que continue”, salientou.
No final da Comissão Política, José Luís Carneiro reconheceu que não foi fácil chegar ao resultado final e admite que houve alguma falta de cooperação nas federações.
O cabeça de lista por Braga, derrotado nas diretas internas de dezembro, valoriza o diálogo que teve entretanto com o líder socialista, Pedro Nuno Santos.
"Faz parte do diálogo democrática. Estes períodos têm os seus processos de escolha distritais, nem sempre esses processos locais decorrem no espírito da cooperação e da boa colaboração, mas depois há os acertos realizados em diálogo entre o secretário-geral e as forças representativas dessas estruturas, e também em diálogo comigo. Devo dizer que foi um diálogo que permitiu continuar com esse esfoço de fortalecimento do PS na sua pluralidade e diversidade", disse José Luís Carneiro.