Portugal tinha 8.209 sem-abrigo identificados em 2020, indica um levantamento divulgado esta terça-feira pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Contas feitas, são mais 1.100 pessoas em relação a 2019.
O problema é mais visível na Área Metropolitana de Lisboa, com particular incidência na capital. O concelho de Lisboa identificou no ano passado um total de 3.780 pessoas sem-abrigo.
Segue-se a região Norte, com especial destaque na cidade do Porto, com 590 pessoas nessa situação de carência.
A informação está disponível no portal da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (consulte aqui o documento, em versão PDF).
O estudo mostra que, na maioria, o sem-abrigo em Portugal é homem, solteiro, com idade entre os 45 e os 64 anos e concluiu o ensino básico.
A principal fonte de rendimento é o Rendimento Social de Inserção (RSI).
No topo da lista das causas apontadas para determinada pessoa se encontrar numa situação de sem-abrigo está a dependência de álcool ou substâncias psicoativas. Segue-se o desemprego e a insuficiência financeira.
Este é um estudo referente ao ano de 2020. Este levantamento resultou de um inquérito aos 278 municípios do continente, tendo sido obtidas 275 respostas, o valor mais elevado de sempre.
Relativamente aos dados de 2019, há um aumento de cerca de mil pessoas em situação de sem abrigo. Em comunicado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social atribui este aumento, fundamentalmente, a uma melhoria no processo de diagnóstico em todo o país.