Legislativas: Costa considera que BE deve pedir desculpa por ter rompido a unidade de esquerda em 2020
23-01-2022 - 16:48
 • Lusa

António Costa falava aos jornalistas depois de uma ação de rua em Guimarães, depois de confrontado com a acusação de Catarina Martins de que o PS está a quebrar todas as pontes de diálogo entre os partidos de esquerda.

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O secretário-geral do PS afirmou hoje que o Bloco de Esquerda deve pedir desculpa por ter rompido a unidade de esquerda e adiantou que, em matéria de diálogo político, não recebe lições da coordenadora bloquista, Catarina Martins.

António Costa falava aos jornalistas depois de uma ação de rua em Guimarães, depois de confrontado com a acusação de Catarina Martins de que o PS está a quebrar todas as pontes de diálogo entre os partidos de esquerda.

"Percebo que partidos que já em 2020 quiseram romper a unidade da esquerda precisem agora de arranjar um bode expiatório. Mas a única coisa que o Bloco de Esquerda tem a fazer é pedir desculpa por ter rompido com a unidade de esquerda em 2020", respondeu o líder socialista, numa alusão à votação do Orçamento do Estado para 2021.

Um Orçamento que foi viabilizado pelos votos a favor do PS, as abstenções do PCP, PEV, PAN e pelas duas deputadas não inscritas e que foi rejeitado pelo PSD, Bloco de Esquerda, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega.

Em 2020, segundo António Costa, "quando não havia ainda um único português vacinado, quando a pandemia da covid-19 estava mesmo no pico, o Bloco de Esquerda, em vez de se manter junto ao PS e ao PCP, rompeu e ficou sozinho a votar com a direita".

"Não recebo lições da Catarina Martins", rematou, no final de uma animada arruada, que juntou várias centenas de socialistas e que aconteceu horas depois de outra, do PSD, no mesmo local.

No percurso pelas ruas do centro histórico de Guimarães, António Costa teve sempre ao seu lado o presidente da Federação de Braga, Joaquim Barreto, e o cabeça lista socialista por este círculo eleitoral, José Luís Carneiro, que é secretário-geral adjunto do PS.

Com bombos a animar a ação de rua, António Costa recebeu sucessivos abraços de apoiantes socialistas e, já junto ao Largo da Oliveira, entregaram-lhe um ramo de rosas. Pós uma rosa na lapela no casaco e entregou o resto à sua mulher, Fernanda Tadeu, que começou a distribuí-las.

Depois, o secretário-geral do PS subiu a uma varanda no primeiro andar de uma das casas, de onde acenou aos simpatizantes e militantes do seu partido.

Mas também lhes deixou um aviso em relação aos resultados das eleições de 30 de janeiro.

"As eleições ganham-se com os votos nas urnas. Por isso, o grande apelo que vos faço é só um: Votar, votar, votar para que o país continue a avançar", declarou, antes de partir para o concelho vizinho de Vizela, onde esta tarde terá mais uma ação de rua.

Após Vizela, António Costa fecha um intenso dia de campanha eleitoral com comícios em Braga, ao fim da tarde, e à noite em Viana do Castelo.