Cinco números no day after das eleições norte-americanas
09-11-2016 - 21:15

Mais de 200 milhões de norte-americanos votaram esta madrugada para eleger Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos. Depois de uma campanha que se estendeu por 597 dias. Eis alguns números sobre as eleições norte-americanas.



290

Numas eleições que são decididas pelo número de delegados eleitorais que os candidatos conseguem ganhar por estado, 290 é o número que dá a vitória a Donald Trump. Faltando terminar a contagem no Michigan, New Hampshire, Donald Trump consegue mais “delegados” do que George W. Bush nas eleições de 2000.

28.2%

Foi a probabilidade que o site FiveThirtyEight, que congrega várias sondagens com dados históricos e demográficos, atribuiu à vitória de Donald Trump. No dia 17 de Outubro, dois dias antes do terceiro debate televisivo, o mesmo portal dizia que o candidato republicano tinha só 14,7% da probabilidade de vencer as eleições norte-americanas.

Veintinueve porcento

Segundo as sondagens à boca das urnas da CNN, 29% foi a percentagem de americanos de ascendência latino-americana que votaram em Donald Trump. Trump consegue mais votos desta comunidade do que o antigo candidato Mitt Romney.

A mesma sondagem indica ainda que 9% dos eleitores com idades compreendidas entre os 18 e os 29 anos votou nem em Democratas nem Republicanos.

58% Branco

Dos quatro grupos sociais, que foram tidos em conta nas sondagens à boca das urnas da CNN, Brancos, Negros, Latinos, Asiáticos e Outros – Donald Trump só teve a maioria dos votos junto dos eleitores brancos (58%). Apesar de tudo este grupo representava 70% da amostra da sondagem.

Segundo a mesma sondagem, só 8% dos eleitores negros votou em Trump.

Se só votassem jovens dos 18 aos 24 o mapa eleitoral teria sido muito diferente

2 mil milhões de dólares

Foi o valor que os dois candidatos conseguiram recolher para financiar a campanha presidencial até ao dia 19 de Outubro, como mostra o Washington Post.

Se quisermos comparar o incomparável, e segundo os orçamentos entregues ao Tribunal Constitucional, os candidatos às presidenciais portuguesas gastaram um total de 3,4 milhões de euros (3,7 milhões de dólares americanos à taxa de câmbio actual).