A Philips prepara-se para despedir seis mil trabalhadores em todo o mundo até 2025. Só este ano, a empresa neerlandesa já anunciou que vai afastar três mil funcionários.
De acordo com o comunicado, publicado no website oficial, a decisão insere-se nos esforços de "simplificar operações", o que inclui "ajustamentos em funções centrais" e a "realocação e reorganização de parte das atividades de inovação corporativa".
Já no final de 2022 a empresa havia anunciado a redução de 5% do seu total de trabalhadores, o que se traduziu num despedimento de quatro mil funcionários.
"Este modelo de operação simplificado vai tornar a Philips mais ágil e competitiva, permitindo à empresa proporcionar inovações com maior impacto para os clientes, pacientes e consumidores. Igualmente importante, a organização reduzida e focada traz uma redução significativa dos custos com a estrutura."
Segundo a Reuters, a decisão surge depois de a Philips ter registado uma quebra de 70% no seu valor de mercado. A empresa ainda estará a sentir o impacto da devolução de milhões de ventiladores para o tratamento da apneia de sono em meados de 2021.
Na altura, as máquinas vendidas apresentavam riscos sérios para a saúde dos pacientes. A espuma utilizada facilmente se degradava e poderia suscitar problemas graves de saúde, como cancro.
Além dos despedimentos, a nova estratégia da Philips procura "criar valor com impacto sustentável". Entre as várias alterações, a empresa irá voltar a aumentar o foco dos seus recursos no ramo dos negócios: de 70% em 2022, para 90% em 2023.
Deste modo, o investimento no setor da Investigação e Desenvolvimento irá reduzir novamente, fixando-se em 9%.