Congresso do PCP em pé para aplaudir Fidel Castro
02-12-2016 - 12:00

Jerónimo de Sousa evocou o ditador cubano na intervenção de abertura da reunião magna dos comunistas portugueses.

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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, fez levantar os delegados ao XX Congresso do seu partido, em Almada, ao evocar o percurso político e "revolucionário" do antigo líder cubano Fidel Castro, que morreu na passada sexta-feira.

Logo na parte inicial do discurso de abertura do XX Congresso do PCP, Jerónimo referiu-se "ao momento de tristeza para os comunistas, revolucionários e progressistas de todo o mundo" que constituiu a recente morte de Fidel Castro.

"O PCP presta e reafirma a homenagem à sua excepcional figura de patriota e revolucionário comunista, evocando a vida inteiramente consagrada aos ideais da liberdade, da paz e do socialismo", disse.

Em reacção a estas palavras de Jerónimo de Sousa, os delegados comunistas levantaram-se para aplaudir e gritaram: "Cuba vencerá".

Jerónimo de Sousa considerou depois que a melhor forma de "honrar a memória de Fidel Castro é prosseguir a luta pelos ideais e projecto por que se bate até ao fim da vida".

"É fortalecer a solidariedade com Cuba e a revolução socialista, exigindo o incondicional respeito pela soberania da ilha da liberdade, o fim imediato do criminoso bloqueio norte-americano e a restrição ao povo cubano", declarou o secretário-geral do PCP.

Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa referiu-se também ao centenário do nascimento do líder histórico do PCP, Álvaro Cunhal.

"No XIX Congresso assumimos o compromisso de comemorar o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal e realizar a justa homenagem a essa figura central do século XX, referência incontornável para todos os que abraçam a luta libertadora contra todas as formas de exploração e opressão do homem e dos povos", observou o actual líder dos comunistas.

De acordo com Jerónimo de Sousa, o PCP soube "honrar a memória" de Álvaro Cunhal com o programa de comemorações definido e desenvolvido.

"Mas, acima de tudo, trouxemos à actualidade o seu pensamento, a sua obra teórica, a sua acção política, toda a sua vida de combate pela liberdade, a democracia e o socialismo, o seu exemplo de revolucionário patriota e internacionalista no seu partido de sempre - o PCP", acrescentou.