A Comissão de Trabalhadores da Groundforce diz que não haverá despedimentos na empresa, apesar do pedido de insolvência feito pela TAP.
A garantia terá sido deixada pelo Ministro das Infraestruturas que se reuniu com os trabalhadores na segunda-feira. O relato foi feito à Renascença por Eugénia Varzielas, que faz parte desta comissão a quem Pedro Nuno Santos sublinhou que tanto a companhia aérea como o Governo pretendem "manter a empresa e todos os postos de trabalho".
“Transmitiu que não
é intenção deixar cair, de forma alguma, a Groundforce e os seus trabalhadores.
A intenção é que empresa labore e continue com toda tranquilidade até se
conseguir restabelecer a estrutura acionista”, revelou a sindicalista.
Esta terça-feira, os trabalhadores da Groundforce vão reunir-se para decidir se será necessário avançarem com formas de luta e protesto depois da TAP considerar que estão esgotadas todas as hipóteses de encontrar com o acionista maioritário da Groundforce uma solução que permita garantir um futuro para a empresa.
A TAP requereu, na “qualidade de credora”, a insolvência da SPdH – Serviços Portugueses de Handling, S.A. (Groundforce) “junto dos Juízos de Comércio de Lisboa do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa”, disse a companhia, em comunicado.
A transportadora justificou que o objetivo da ação passa por, “se tal for viável”, salvaguardar “a viabilidade e a sustentabilidade da mesma, assegurando a sua atividade operacional nos aeroportos portugueses”.
No comunicado divulgado, a TAP considerou que foram esgotadas “todas as hipóteses de encontrar com o acionista maioritário da Groundforce, [a Pasogal], uma solução que permita garantir um horizonte futuro para a empresa”.
Neste sentido, disse ser “forçada a concluir que o pedido de declaração de insolvência da Groundforce é a decisão que, no médio prazo, melhor protege os seus trabalhadores e a generalidade dos seus credores e permite perspetivar, se tal se mostrar possível, a sua viabilidade e sustentabilidade futura”.