O Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP) sai em defesa do diretor nacional da PSP, após Magina da Silva ter defendido a fusão do SEF com a Polícia de Segurança Pública, declarações que motivaram uma repreensão do ministro da Administração Interna.
“O diretor nacional exprimiu aquilo que é a vontade de quase todos os polícias. Há muito que se fala de uma Polícia Nacional e isto pode ser um ponto embrionário - a fusão do SF com a PSP e, depois, se calhar, a absorção doutras competências doutras polícias”, disse à Renascença o vice-presidente deste sindicado.
“Nós como polícias temos direito de estar ao lado e apoiar o nosso comandante”, sublinhou Rui Neves.
O mesmo responsável lembra que “opinião emitida pelo próprio Presidente da República é no sentido de ser a favor de uma reforma no SEF”.
O ministro Eduardo Cabrita disse que não é “um diretor de Polícia” que anuncia a reforma do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Mas Magina da Silva já esclareceu que só exprimiu a sua opinião, não tendo pretendido “condicionar qualquer reestruturação em curso do sistema de segurança interna, lamentando que as suas declarações tenham sido interpretadas dessa forma”.
No domingo, após um encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, o diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública defendeu a fusão da PSP com o SEF, e a criação de uma Polícia Nacional, à imagem do que já acontece em França ou Espanha.
“Alinharia o nosso país com a nomenclatura atribuída às polícias de natureza civil dos países em que existe um sistema dual de forças (uma força de segurança civil e outra militar), concretamente com as designações adotadas em Espanha (Policia Nacional), em França (Police Nationale) e em Itália (Polizia di Stato)”, lê-se na mesma nota da PSP.