Um grupo de dissidentes cubanos pediu, esta semana, para ser recebido pelo Papa Francisco durante a sua viagem apostólica ao país, mas o evento não consta da agenda do Papa, facto que está a causar algum mal-estar entre estes dissidentes.
Em Havana, no habitual briefing de final do dia com os jornalistas, o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, confirmou ter havido alguns telefonemas para a Nunciatura no sentido de pedir que o Papa os recebesse no local onde ficou alojado, mas nada aconteceu.
Alguns dissidentes, homens e mulheres, terão sido detidos nos últimos dias. Ao ser interrogado sobre este assunto, o padre Lombardi recordou apenas que “o diálogo deve incluir todos”; sem comentar, no entanto, que aqui em Havana esse diálogo com dissidentes não se realizou.
Lombardi também disse desconhecer a detenção pela polícia de quatro pessoas que se manifestaram contra o regime enquanto o papamóvel passava, com Francisco, antes da missa celebrada em Havana.
Francisco encerrou o seu programa oficial em Havana, partindo esta segunda-feira para as cidades de Holguín e Santiago de Cuba, onde vai permanecer até terça-feira, antes de rumar aos Estados Unidos da América.