A Rússia deve regressar ao G7, o grupo das nações mais industrializadas, defendeu esta sexta-feira o Presidente norte-americano, Donald Trump.
A ideia polémica de Donald Trump foi avançada na contagem decrescente para a cimeira do G7, que este ano tem lugar em Charlevoix, no Canadá.
“Gostem ou não, pode não ser politicamente correto, mas temos um mundo para governar e o G7, que já foi o G8, correram com a Rússia, podem deixar a Rússia voltar, porque devemos ter a Rússia na mesa das negociações”, disse o Presidente norte-americano, em Washington, à partida par a cimeira.
O presidente do Conselho Europeu já rejeitou a ideia. Donald Tusk critica o Presidente dos Estados Unidos por "desafiar" a ordem mundial.
"É isso que me inquieta mais, é ver que a ordem mundial, baseada em regras comuns, é desafiada não pelos suspeitos do costume, mas, de forma surpreendente, pelo seu principal arquiteto e garante, os Estados Unidos", disse o líder europeu.
Tusk, que participa na reunião que decorre hoje e sábado no Canadá, sinalizou também o desacordo com a proposta de Donald Trump de fazer regressar a Rússia ao G7, criticando-o por desafiar a ordem mundial.
Pelo contrário, o novo primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, concordou com a proposta, escrevendo no Twitter: "Concordo com o Presidente Donald Trump. A Rússia devia voltar ao G8, no interesse de todos".
A coligação populista de Conte em Itália inclui o partido de extrema-direita La Liga, que diz que as sanções à Rússia por causa da Ucrânia prejudicam as exportações italianas, e o seu presidente, Matteo Salvini, classificou o líder russo como um grande estadista.
O G7 inclui os Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido, Itália, França e Alemanha.
A Rússia foi afastada em 2014 devido à anexação da região ucraniana da Crimeia.