O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, lembra a Luís Montenegro que “governar a negociar” é cada vez mais a base da democracia.
Em declarações à Renascença, poucas horas depois da indigitação do líder da AD, o autarca de Lisboa, que tem tido a experiência de governar a Câmara sem maioria, diz que não é impossível e que o país precisa de uma mudança de ciclo.
“Governar, cada vez mais na Europa, cada vez mais no mundo, é governar a negociar diariamente, a conseguir levar avante os nossos projetos e, portanto, é aquilo que eu desejo para o país. É essa mudança de ciclo que chegou ontem à noite, à meia-noite e 15, em que foi indigitado o novo primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro”, diz Moedas.
O autarca da capital deseja ao líder da AD “as maiores felicidades”, justificando que “é tão importante para o país e é tão importante para a nossa vida que esta mudança de ciclo comece e comece rapidamente”.
“É um momento muito importante para o país e uma mudança de ciclo esperada pelos portugueses”, insiste, lembrando que “o Partido Socialista governou nos últimos 30 anos, 23 anos”.
“É importante esta mudança de ciclo. Luís Montenegro foi indigitado como primeiro-ministro. É uma excelente notícia para a democracia esta alternância democrática”, acrescenta.
Nestas declarações à Renascença, à margem da apresentação do programa da representação de Lisboa na Feira do Livro de Buenos Aires que terá este ano como convidada especial a capital portuguesa, Moedas lembra que os próximos tempos “vão ser tempos, obviamente, sempre difíceis” exemplificando com a sua experiência na autarquia de Lisboa.
“Eu vivo isso todos os dias na Câmara de Lisboa, quando no fundo não temos uma maioria para governar, mas é a base da democracia”, remata.