O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, reagiu na rede social Facebook às mais recentes notícias que davam conta de que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, estaria a ser investigado pelo Ministério Público no âmbito de um processo que envolve o Eduardo Vítor Rodrigues.
De acordo com a RTP e Observador, Eduardo Vitor Rodrigues terá criado um posto de trabalho na autarquia a pedido do agora ministro da Saúde - na altura, eurodeputado e vereador na Câmara Municipal do Porto. O objetivo foi colocar um funcionário da Câmara de Gondomar, apoiante de Pizarro na concelhia socialista, como técnico superior em Vila Nova de Gaia - categoria que não possuía.
Esta sexta-feira, Rodrigues garante que esta pessoa "não pertence nem nunca pertenceu ao quadro de pessoal" da autarquia e classifica como "lamentável e inqualificável" ter sido colocado em causa "o bom nome do município de Gaia e do seu presidente", naquilo que classifica como uma "campanha incessante que prejudica a confiança dos cidadãos na instituição".
O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia fala em "ataque político ou pessoal" e garante estar "tranquilo" enquanto aguarda os próximos desenvolvimentos dos processos, confiando na Justiça.
Pedido foi rejeitado, concurso não surtiu efeito
Eduardo Vítor Rodrigues explica, então, o que sucedeu. "O cidadão em causa fez pedido de mobilidade de outra autarquia para esta Câmara", admite, garantindo, no entanto, que o mesmo pedido foi "rejeitado". "Posteriormente, concorreu a um concurso para assistente técnico", e não para assistente superior, tendo ficado em segundo lugar, "com uma classificação bastante inferior ao primeiro classificado".
"Por isso, que fique claro, o trabalhador nunca foi funcionário da Câmara Municipal de Gaia", adianta Eduardo Vìtor Rodrigues, que diz, no mesmo texto, que "não foi exercida qualquer influência para o desenrolar dos concursos", "como se demonstra pelo simples facto de o referido senhor não ter vendido o concurso".
Tendo em conta os factos, o presidente da Câmara diz que é normal que "as entidades judiciárias obtenham elementos que permitam esclarecer o caso" mas assegura que "quem não deve não teve" e que, por isso, "aguarda serenamente que a justiça faça o seu trabalho".