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Portugal pode receber 22 milhões de doses da vacina para a Covid-19 e o processo de vacinação "vai ser longo", afirma a ministra da Saúde. Marta Temido adianta que o fármaco “vai ser gratuito, facultativo e a realizar no Serviço Nacional de Saúde”.
A governante falava aos jornalistas após uma reunião com o grupo de trabalho que está a preparar o plano de vacinação contra a Covid-19, que vai ser apresentado na quinta-feira.
Marta Temido não confirma a data de 5 de janeiro para início da vacinação contra a Covid-19. Diz que tudo vai depender da "luz verde" da Agência Europeia do Medicamento.
"A vacina será universal, destinada a todos aqueles que tiverem indicação clínica de acordo com o resumo das características das vacinas. Será gratuita, facultativa e a realizar no SNS”, sublinhou.
“Admitimos dois cenários: um primeiro momento de maior escassez no acesso a vacinas, um cenário mais controlado, mas depois ao longo do ano de 2021 admitimos um cenário de maior abrangência com mais doses disponíveis e maior expansão dos pontos de administração”, referiu a ministra da Saúde.
Portugal vai investir cerca de 200 milhões de euros no plano de vacinação contra a pandemia, afirma Marta Temido.
Poderá haver escassez no primeiro trimestre
“Se se confirmarem prazos de entrega no primeiro trimestre teremos escassez” de vacinas, sublinhou.
"Há ainda muitas incertezas" neste momento, nomeadamente porque não são ainda conhecidos os resultados da última fase dos ensaios clínicos e a eficácia das vacinas não está ainda certificada pela Agência Europeia do Medicamento, refere a ministra da Saúde.
Há também incertezas relacionadas com os ensaios clínicos publicados, que neste momento abrangem essencialmente pessoas entre os 18 e os 55 anos de idade; ainda não se conhece completamente a duração da imunidade da vacina; e os dados disponíveis não recomendarão ainda a vacinação de crianças e grávidas, explica a governante.
O grupo de trabalho apresentou esta quarta-feira ao Governo quatro planos essenciais que serão amanhã tornados públicos.
Em causa nesses planos estão as vacinas disponíveis e, em função disso e das quantidades, quais são os grupos alvo, onde será feita a administração da vacina, onde será feito o registo eletrónico da vacinação, aspetos relacionados com a logística e segurança face à sensibilidade do processo e aspetos relacionados com a comunicação, adiantou Marta Temido.
A ministra realçou que o processo de vacinação será longo e que os portugueses não se poderão “afastar das regras” a que se têm habituado em tempo de pandemia.