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“Vai haver muito desemprego e muitas empresas a desactivarem-se”, o que vai fazer aumentar a pobreza que “nos irá voltar a colocar numa situação de grande fragilidade”.
O bispo de Angra do Heroísmo, D. João Lavrador, declara-se, assim, muito apreensivo com o impacto económico da pandemia. D. João antecipa bolsas de pobreza superiores às registadas na última crise financeira.
“Vai haver muito desemprego, muitas empresas a desactivarem-se e por isso através do desemprego muita pobreza”, é a leitura feita pelo bispo, que alerta para a possibilidade de “provavelmente, voltarmos a uma pobreza maior do que aquela que tivemos há pouco tempo”.
D. João Lavrador diz que ainda agora "nos estávamos a tentar reabilitar e veio esta epidemia que nos está a colocar outra vez numa situação de muita fragilidade”.
Nestas declarações à Renascença, o bispo de Angra diz compreender a decisão das autoridades em avançarem com uma cerca sanitária na ilha de São Miguel. D. João lembra que o objectivo é salvar vidas e que as pessoas estão a acolher a decisão com serenidade e sentido de responsabilidade, até porque “ apesar da cerca sanitária impor reservas muito grandes, tudo isso está acautelado para que ninguém fique privado daqueles bens essenciais e necessários, sobretudo as pessoas mais carenciadas e que precisam de um apoio maior”.
O bispo reconhece o trabalho dos profissionais de saúde no contexto de pandemia, mas aplaude também o papel da comunicação social que tem permitido à própria Igreja a possibilidade de estar mais próxima dos fiéis.
“A par com esta palavra de reconhecimento que é dada aos profissionais de saúde e aos nossos governantes temos que dar também uma palavra de reconhecimento à comunicação social e aos jornalistas que estão a fazer um trabalho extraordinariamente importante na defesa da verdade da noticia e da presença junto das populações”, refere o também presidente da Comissão Episcopal dos Bens Culturais, adiantando, por último, a possibilidade que a comunicação social está a dar “à própria sociedade e neste caso também à própria Igreja de, não tendo outro meio, poder através das redes sociais e também através das comunicações sociais normais e já estabelecidas, entrar em contacto e levar às pessoas aquilo que no fundo não podemos levar doutra maneira”.