Jorge Jesus ficou surpreendido com a detenção de Bruno de Carvalho. Contudo, realça, em entrevista ao jornal "A Bola", que por alguma razão decidiu deixar o Sporting e rumar à Arábia Saudita.
O treinador ficou "muito surpreendido" com a detenção do ex-presidente do Sporting, no âmbito da investigação ao ataque à Academia do clube, em Alcochete. Bruno de Carvalho está em liberdade com termo de identidade e residência, depois de ter estado em prisão preventiva durante cinco dias.
"Fiquei surpreendido. É normal. Sabendo o contexto daquilo que se passa em Portugal, se calhar é devido todas essas situações que estou na Arábia Saudita... Mas fiquei muito surpreendido com a detenção de Bruno de Carvalho", admite Jorge Jesus, que tem conhecimento de que o Ministério Público pretende falar com ele.
A nega ao regresso ao Sporting
Jorge Jesus lembra, na entrevista ao jornal "A Bola", que viveu "de muito perto" as agressões em Alcochete e que "não foi nada fácil". Quando Sousa Cintra quis levá-lo de volta para o Sporting, o treinador recusou. "Sousa Cintra acreditava no projeto que o clube tinha para mim. Mas recusei regressar ao Sporting naquele momento", revela.
Nesse sentido, Jesus considera que José Peseiro foi uma boa escolha para o substituir e que "estava a fazer um trabalho bom dentro do número de jornadas que esteve à frente da equipa". No entanto, Jesus também acha "natural" o seu despedimento. Quanto ao sucessor, o holandês Marcel Keizer, Jorge Jesus confessa que não o conhece.
A decisão de despedir Peseiro e contratar Keizer foi tomada pelo novo presidente do Sporting, Frederico Varandas. Jorge Jesus fez parte da Comissão de Honra do ex-diretor do departamento médico do Sporting, nas eleições, pelo que confia no seu trabalho: "Varandas tem qualidade e não tem medo de decidir".