Mais de 30 investigadores científicos e docentes da ciência, que se queixam da precariedade da profissão, reúnem-se esta manhã numa manifestação junto à Reitoria da Universidade de Aveiro, onde está presente António Costa, num protesto organizado pela Federação Nacional dos Professores, em conjunto com organizações e núcleos de investigadores de todo o país.
O protesto, que aconteceu antes da chegada do primeiro-ministro e também da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, marca o encontro anual da Ciência 2023, promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, em colaboração com a Ciência Viva e a Universidade de Aveiro.
À Renascença, Miguel Viegas, da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), admite que as reivindicações do setor passam por integrar na carreira os “quatro mil investigadores precários que trabalham todos os dias, pelo bem da ciência”.
“Muitos deles trabalham há 15 ou 20 anos e trabalham por projetos. O que nós queremos é que seja encontrada uma forma estável de permitir às instituições, neste caso a Universidade de Aveiro, de poderem integrar esses investigadores na carreira”, diz.
Miguel Viegas explicou ainda que os investigadores são financiados através da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia) por projeto “e isto impede este vínculo estável que nós reclamamos”.
“É necessária uma solução mais vasta entre o Ministério das Finanças, o Ministério da Ciência e do Ensino Superior, que permita dar condições às universidades, para abrir concursos e integrar esses investigadores na carreira, que é aquilo que eles merecem”, sublinha.