Estará cada vez mais próximo um acordo para a redução do IRS, ou seja, para que os contribuintes paguem menos impostos do seu rendimento.
Quer o Governo, quer os partidos parecem caminhar nesse sentido, nos últimos dias.
O Explicador Renascença esclarece
O que está a permitir esse acordo?
Desde logo, o ministro das Finanças admite negociar com os diferentes partidos.
Entretanto, a mais recente proposta do PSD e do CDS, partidos que apoiam o Governo, visa uma redução mais acentuada das taxas dos 3.º e 4.º escalões do IRS, isto é, de quem recebe mais de 1.100 e 1.800 euros mensais.
A ideia é “igualar a proposta do Chega e do PS. São sinais que apontam para a possibilidade de um acordo.
A ideia é baixar o IRS apenas para esses escalões?
Não. O Governo insiste ter como objetivo baixar os impostos até ao nono escalão, ou seja, até para quem tem um rendimento anual de 89 mil 199 euros anuais.
Ou seja, a ideia é ter uma redução de IRS abrangente, excluindo apenas o nono escalão ou seja quem tem rendimentos muito mais elevados
Então por que razão não foi possível um acordo imediato?
Porque os partidos da oposição, em particular o PS, acusam o Governo de pretender favorecer mais quem tem mais rendimentos.
Razão pela qual os socialistas propunham uma redução de IRS apenas atá o sexto escalão que é aquele conjunto de contribuintes que recebem e 2.200 e 3.100 euros mensais brutos.
Qual é a descida prevista nesse escalão?
Neste momento temos que falar em percentagens.
Inicialmente, o Governo tinha sugerido uma descida de 3 p.p., de 37% para 34%, mas deverá ter uma redução menor, de 1 p.p., para 36%, em linha com o que propõe o PS, justamente para se chegar a um acordo.
Esse acordo poderá produzir efeitos?
A expectativa do Governo é que seja possível uma baixa de impostos já em julho, mas tudo dependerá da capacidade dos partidos chegarem a acordo.
Quanto é que esta medidas poderão valer?
Cerca de 350 milhões de euros.
É o valor que o Estado deixará de “encaixar” caso se concretiza a baixa de IRS.