O ministro da Economia, Siza Vieira, garantiu hoje que os gestores do Banco de Fomento serão "à prova de bala", reafirmando que Vítor Fernandes "não tem condições neste momento" para ser eleito para a administração da instituição.
"Vítor Fernandes não tem condições neste momento para ser eleito para o cargo que estava indicado e nesse sentido assegura-se que os gestores que estarão no Banco de Fomento serão à prova de bala, independentes e imparciais", afirmou Siza Vieira.
O ministro de Estado, Economia e Transição Digital falava numa audição regimental na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, em resposta ao PSD.
Siza Vieira defendeu que a instituição deve ter "gestores adequados, competentes, com experiência, imparciais, independentes e absolutamente idóneos", sublinhando que o Governo procurou garantir que os cargos de direção a recrutar para o Banco de Fomento não têm "qualquer atividade partidária ou política".
Na segunda-feira, o Governo anunciou a suspensão da nomeação de Vítor Fernandes para a presidência do Conselho de Administração do Banco do Fomento para evitar "controvérsia" na instituição, disse então o ministro da Economia, reafirmando hoje perante os deputados esta posição.
"Parece-me que nesta altura não devemos proceder à eleição do presidente do Conselho de Administração", adiantou, depois de o ex-administrador do Novo Banco ser mencionado em documentos do Ministério Público (MP) referentes à operação Cartão Vermelho, na qual o presidente da Promovalor e do Benfica (com funções suspensas) Luís Filipe Vieira é arguido.