O antigo presidente do Benfica Luís Filipe Vieira propôs pagar a caução de três milhões de euros através da entrega de dois imóveis e 240 mil euros em dinheiro, proposta aceite pelo juiz Carlos Alexandre.
A notícia foi avançada pelo jornal Eco e confirmada pela Lusa junto de fonte ligada ao processo, que adiantou que Luís Filipe Vieira, em prisão domiciliária desde 10 de julho, poderá sair entre sexta-feira e sábado, depois do despacho do juiz de instrução.
A mesma fonte referiu que Luís Filipe Vieira apresentou como caução dois imóveis da sociedade Royal Brick, que é detida pelos dois filhos, cujo valor ronda os 2,8 milhões de euros, e 240 mil euros em dinheiro.
O pagamento vai ser feito através da constituição de uma hipoteca sobre os imóveis e do depósito de 200 mil euros. Luís Filipe Vieira está em prisão domiciliária desde o dia 10 de julho, e quando pagar a caução já poderá sair de casa.
Na primeira proposta de pagamento da caução, recusada pelo juiz Carlos Alexandre, Vieira queria dar como garantia ações do Benfica e parte de um imóvel, situado em Sesimbra.
No processo Cartão Vermelho, Luís Filipe Vieira, além da prisão domiciliária até ao pagamento de uma caução de três milhões, tem como medidas de coação a proibição de sair do país, com a entrega do passaporte, e de contactar com os outros arguidos do processo: o empresário José António dos Santos e o advogado e agente Bruno Macedo, sendo a exceção o seu filho Tiago Vieira e de vários elementos ligados ao Novo Banco.
Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos no início de julho numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do Benfica e Novo Banco e está indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação.