O Estado está sem poder utilizar qualquer um dos seis helicópteros Kamov que possui. Segundo o jornal “Público”, o último disponível ficou interdito de voar na semana passada.
Após a época (alargada) de incêndios, dois destes aparelhos de marca russa foram para manutenção; três foram entretanto para reparar e, na semana passada, uma inspecção da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) resultou no impedimento do que restava para voar.
Um dos helicópteros está parado desde 2012 na sequência de um acidente grave e não é certo que vá ser reparado. Segundo o “Público”, mais dois ficaram depois avariados e, em Novembro, dois dos três que restavam foram para uma longa manutenção pós-incêndios. Restava um, que avariou e foi reparado, mas não convenceu a ANAC por ter sido "detectada uma não-conformidade".
Este aparelho estava ao serviço do INEM, que fica assim sem este recurso.
A empresa responsável pela operação e manutenção destes helicópteros, a Everjets, contesta a decisão do regulador e garante ao jornal que o Kamov impedido de voar “não tem problema nenhum, está em plenas condições”.
“A ANAC tem uma leitura em relação a um componente e nós somos contra”, afirma o presidente da Everjets, Ricardo Dias.
Em causa está, de acordo com o “Público”, o pedido de extensão por mais um ano do limite de vida de uma peça importante – algo que a ANAC não aceita por se tratar de um segundo pedido de extensão (o limite da peça era Janeiro de 2017 e passou para Janeiro de 2018).