O chefe de Estado Maior do Exército (CEME), Rovisco Duarte, aponta “erros estruturais inadmissíveis” no comando da base de Tancos, que levaram ao furto de material de guerra, avança o jornal “Público”.
O general falava numa audição à porta fechada na comissão parlamentar de Defesa, que decorreu esta quinta-feira.
Rovisco Duarte assumiu perante os deputados que se sente “humilhado” com o caso e frisou que os “erros” só podem ser apontados ao comando da base, refere o jornal.
O CEME afastou os cinco comandantes da base militar de Tancos até que o inquérito esteja concluído.
O chefe de Estado Maior do Exército não compreende como é que as rondas na zona dos paióis eram feitas com um intervalo de 20 horas.
O chefe de Estado Maior do Exército confirmou ainda que a quantidade de material de guerra furtado é a avançada pelo jornal “El Español”, que incluiu granadas de mão, granadas anti-carro, munições e explosivos, entre outros.
De acordo com a edição desta sexta-feira do jornal "Diário de Notícias", o CEME revelou que, nos paióis de Tancos donde foi roubado material militar, estavam também mísseis Milan e TOW. O general Rovisco Duarte admitiu que estes mísseis possam não ter sido roubados devido ao seu peso ou volume.
No final da audição, que durou duas horas e meia, o
presidente da comissão de Defesa, Marco António Costa, disse aos jornalistas
que o CEME prestou todos os esclarecimentos aos deputados.
“Quero agradecer ao senhor general o facto de ter usado de
total franqueza e liberdade de expressão nas explicações que nos deu e de nos
ter prestado todos os esclarecimentos que solicitámos e que estavam ao seu
alcance”, disse o deputado do PSD.
[notícia actualizada às 10h47]