O natural passo em frente
24-12-2024 - 07:35

Ribeiro Cristóvão desmonta as camadas do drama leonino: "Varandas, que fizera promessas consideradas excessivas, foi assim obrigado a bater na tecla do retrocesso”.

Depois dos sucessivos desaires registados pela equipa principal do Sporting em jogos tanto do nosso campeonato como da Liga dos Campeões, sob o comando de João Pereira, era aguardada há muito a natural chicotada psicológica que aconteceu na tarde ontem.

Frederico Varandas, que fizera promessas consideradas excessivas, assentes na figura de um treinador sem currículo e sem experiência, foi assim obrigado a bater na tecla do retrocesso e pensar em nova solução para o comando técnico da equipa leonina.

Com uma sucessão de jogos de elevado grau de dificuldade nos tempos mais chegados, parecia não haver outra alternativa para o responsável máximo dos leões.

Já segue a Bola Branca no WhatsApp? É só clicar aqui

Alias, a ideia que começava a prevalecer nos meios, assentava no pressuposto de que estava a tornar-se demasiado tardia essa decisão, uma vez que a carreira da equipa também começava a ficar numa situação preocupante.

João Pereira teve também, a contragosto, a ausência, por lesões, de alguns jogadores fundamentais, cinco dos quais titulares indiscutíveis que, sobretudo no meio-campo, o que deu lugar à fraca qualidade que a equipa tem vindo a exibir.

Ainda sem confirmação, mas tudo fazendo perceber como inevitável, o novo treinador dos leões será Rui Borges, até ontem técnico do Vitória de Guimarães, onde tem vindo a obter excelentes resultados aliados a boas exibições, tanto a nível nacional como internacional, bastando para isso olhar para o seu sexto lugar na Liga, e para a segunda posição na Liga Conferência, organizada sob a égide da Uefa.

Colocado à frente da equipa somente três dias antes do clássico Sporting-Benfica, a disputar no domingo às 2030, há razão para que se duvide da influência que Borges possa vir a ter nesse jogo.

Mas, por outro lado, assumindo a convicção de que os jogadores não desaprenderam de jogar, um novo discurso e a projecção de novas ideias sobre o jogo, poderão originar mudanças de comportamentos.

A escassa diferença de um ponto em relação à liderança do Benfica e a igualdade com o Porto, permitem pensar que o campeonato está longe de chegar ao fim, pois ficarão a faltar 18 jornadas para o integral cumprimento do calendário.

Além disso, também importante, a menor qualidade do futebol, praticado até aqui, pelas equipas da vanguarda, impede-nos de afirmar que haja, para já, um só favorito final que seja.

Para terminar, votos de Boas Festas e Excelente Natal para Todos os que nos acompanham neste trajecto diário, quer partilhem ou não das nossas opiniões.