O partido do atual Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, garantiu esta quarta-feira que o seu relatório não pede "outra eleição", mas apenas que as autoridades eleitorais se pronunciem sobre as alegadas falhas nas urnas eletrónicas.
"Não se trata de pedir outra eleição", disse, em conferência de imprensa em Brasília, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar de Costa Neto, um dia depois de o próprio ter pedido a anulação de parte das urnas utilizadas nas presidenciais de 30 de outubro.
Nesta conferência de imprensa agendada na sequência do pedido de 24 horas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o PL apresentasse o relatório completo sobre as urnas eletrónicas, das eleições gerais e da segunda volta das presidenciais, Valdemar de Costa Neto voltou a dizer que mais de metade das urnas eletrónicas (anteriores a 2020) têm problemas de mau funcionamento, mas que isso não prova fraude.
O PL pede ao tribunal que as autoridades eleitorais descubram qual foi a consequência do alegado mau funcionamento de mais de 279 mil urnas.
"Se há indícios, as urnas não podem ser consideradas", disse.
"Se isso for uma mancha na democracia, temos de resolver agora (...) não podemos ficar com fantasma da eleição de 2022. Temos de solucionar isso. Pedir ao TSE que decida a questão. Não se trata de pedir outra eleição. A intenção é discutir a história do Brasil", frisou.
"Não é atrapalhar a posse de ninguém, é a lei", insistiu, referindo-se à tomada de posse de Lula da Silva que acontecerá no dia 1 de janeiro de 2023.
Na mesma ocasião, o advogado do partido Marcelo Bessa voltou a referir que a auditoria feita pelo partido verificou inconsistência nas urnas anteriores a 2020 e que, por isso, "não poderiam ter o resultado certificado".