O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou esta quarta-feira na Assembleia da República que vai assinar amanhã, quinta-feira, um acordo de paz para a cessação definitiva das hostilidades militares com o líder da Renamo, Ossufo Momade, na serra da Gorongosa.
Está assim à vista, finalmente, a paz para Moçambique, mais de quatro décadas depois da independência do país.
O anúncio de Nyusi chega três dias depois do início do desarmamento voluntário dos combatentes da Renamo, o principal movimento de oposição naquele país, resultado de longas negociações com o Governo nos últimos anos. O desarmamento do grupo foi, aliás, a principal prioridade definida por Nyusi no seu discurso de tomada de posse, em 2015.
Embora o conflito aberto entre a Frelimo, que governa Moçambique desde a independência, e a Renamo já tenha acabado há muitos anos, e apesar de os dois partidos disputarem eleições e estarem ambos representados no Parlamento, os combatentes do partido da oposição nunca tinham chegado a desmobilizar e de tempos a tempos havia novos focos de tensões e combates no país.
O acordo hoje anunciado deverá, assim, permitir o regresso do país à normalidade.