Os Bombeiros Voluntários do Porto têm a partir desta terça-feira as contas penhoradas devido a incumprimento no pagamento de uma dívida de cerca de 40 mil euros a um bombeiro, revelou Paula Silva, profissional daquela corporação.
Em causa está o incumprimento da sentença do Tribunal do Trabalho do Porto a uma ação interposta em 2019 por um dos oito bombeiros que viram o seu despedimento “ser considerado ilícito” por aquele tribunal e ao pagamento das “respetivas indemnizações”, acrescentou a fonte.
“Estão penhoradas as três contas da associação porque eles nunca cumpriram com o que decidiu o tribunal”, acrescentou a fonte, precisando que, “a partir de hoje, todo o dinheiro que a corporação vier a receber está penhorado”.
Paula Silva revelou, entretanto, “não terem sido pagos os subsídios de férias” nem “feitos os descontos para a Segurança Social” pela direção da associação.
Nuno Aguiar, que tal como a filha está também a receber indemnização por “despedimento ilícito”, ele na qualidade de bombeiro, ela como centralista, admitiu também à Lusa “avançar com uma penhora caso falhe o pagamento das indemnizações devidas” o que, no caso dele, vence na próxima sexta-feira.
A agência Lusa tentou obter uma reação do presidente da associação Gustavo Pereira Barroco, mas até ao momento não foi possível.
A corporação vive, há anos, uma situação de acusações de ambas as partes por alegados incumprimentos e irregularidades e que fez com que, em junho, o quartel tenha sido fechado por falta de pessoal na central telefónica.