Poderá demorar entre três semanas a um mês a transferência para Portugal do pirata informático suspeito de roubar informações ao Benfica, avança a Polícia Judiciária (PJ).
O diretor da unidade de combate a cibercriminalidade da PJ, Carlos Cabreiro, confirmou, em conferência de imprensa, que Rui Pinto foi detido esta quarta-feira na Hungria, no âmbito de um mandado europeu de captura.
O “hacker” não ofereceu resistência. Nesta "Operação Cyberduna" foi apreendido um “conjunto vasto” de material informático e outros meios de prova.
Questionado se Rui Pinto também é suspeito de roubar informações de um escritório de advogados ligado ao Benfica, Carlos Cabreiro respondeu que “é prematuro ligá-lo a qualquer alvo concreto”.
“O que temos apurado é que há uma constância na prática de crimes, continuação da prática criminosa que se tem vindo a revelar perniciosa para algumas instituições, até para instituições do Estado”, revelou o diretor da unidade de combate a cibercriminalidade.
De acordo com a Judiciária, se for condenado, o suspeito arrisca uma pena pesada, uma vez que “estamos a falar de alguns crimes que podem ir até aos 10 anos”.
Quanto a eventuais cúmplices, Carlos Cabreiro adianta que é algo que a Judiciária vai “apurar em sede de inquérito”.
"Em causa estão factos suscetíveis de integrarem crimes de extorsão qualificada na forma tentada, acesso ilegítimo, ofensa a pessoa coletiva e violação de segredo", adiantou a Procuradoria-Geral da República (PGR), em comunicado.