O caso de abuso sexual de menores contra o príncipe André de Inglaterra, apresentado por Virgínia Giuffre num tribunal de Nova Iorque, foi formalmente arquivado esta terça-feira, após as partes terem celebrado recentemente um acordo privado.
O juiz de Nova Iorque Lewis Kaplan divulgou, num breve documento judicial, que o arquivamento é definitivo e que cada uma das partes deve pagar os custos associados ao processo legal.
Esta ordem judicial surge após já ter sido divulgado que o Duque de York pagou uma determinada quantia para um acordo com Virgínia Giuffre, a mulher que o denunciou nos Estados Unidos por abuso sexual quando era menor de idade.
O valor não foi tornado público, mas vários meios de comunicação britânicos apontaram que chega aos 12 milhões de libras (mais de 14 milhões de euros).
Em 15 de fevereiro, tinha sido divulgado que o Duque de York “pretende fazer uma doação significativa para a organização de Virgínia Giuffre”, fundada em 2021 e apelidada de “Speak Out, Act, Reclaim” (“Prenuncie-se, Aja, Reclame”, em tradução simples), que apoia vítimas de tráfico sexual.
A ordem judicial marca o fim do processo que começou em agosto, quando Giuffre acusou formalmente o filho da rainha Isabel II.
Giuffre defendia que conheceu o príncipe como uma das vítimas do esquema de tráfico sexual supostamente organizado pelo falecido Jeffrey Epstein, que se suicidou após ser preso em julho de 2019, e o seu braço direito, Ghislaine Maxwell, recentemente considerada culpada num julgamento em paralelo.
O Duque de York, de 61 anos, negou sempre as acusações e disse que não conhecia Giuffre, apesar dos ‘media’ terem divulgado uma fotografia antiga em que o príncipe André surgia a agarrar pela cintura Maxwell.
Este escândalo levou em janeiro à retirada dos títulos militares do príncipe pela sua mãe.