O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, rejeita as críticas quanto à escolha da ex-ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, para presidir à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), dizendo que garante "independência face aos regulados".
O governante, que falou no lançamento da variante rodoviária a Arruda dos Vinhos, disse que "se há pessoa qualificada" e que "dá garantias de independência face aos regulados, é Ana Paula Vitorino".
"É uma das pessoas mais qualificadas no nosso país da área [dos transportes] e quem a conhece percebe que tem um perfil que garante independência face aos regulados", assegurou.
Antes de ser ministra do Mar, Ana Paula Vitorino foi secretária de Estado dos Transportes, entre 2005 e 2009.
Pedro Nuno Santos disse depois que é preciso "seriedade no debate político. Não é por ter sido ministra que diminui a sua capacidade de ser reguladora", assegurou Pedro Nuno Santos.
"O facto de Ana Paula Vitorino ter sido ministra socialista não é cadastro", rematou.
O presidente do PSD, Rui Rio, pediu explicações esta terça-feira sobre a indicação, noticiada por alguns jornais, da deputada do PS Ana Paula Vitorino para presidir à AMT "com um salário ainda maior".
"Trata-se de uma nomeação feita pelo Governo da esposa de um outro ministro [Eduardo Cabrita], que não o que nomeia [Pedro Nuno Santos], mas, mais relevante do que isso, de uma deputada do PS", afirmou, ressalvando não pôr em causa as competências técnicas da antiga ministra do Mar.
Rio diz que, se não estão em causa as suas competências técnicas, também não põe em causa que "entre dez milhões de portugueses haja outros igualmente competentes".
"O Governo está cada vez a afunilar mais as suas escolhas", criticou.
Para o líder do PSD, a indicação de Ana Paula Vitorino vem "na linha das nomeações familiares" deste Governo.