O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) disse esta quinta-feira que a força policial tem "todo o tempo do mundo" para capturar um dos suspeitos da morte do agente da PSP Fábio Guerra.
Dois suspeitos do homicídio, ex-fuzileiros, estão a ser julgados, mas um terceiro, Clóvis Abreu, está foragido há mais de um ano, mesmo depois de ter garantido que ia entregar-se às autoridades.
Aos jornalistas, à saída do tribunal de Lisboa onde decorre o julgamento, Luís Neves destacou que "passou um ano" desde a ocorrência do crime e que gostaria que "aqueles que têm algo a ver com a prática destes dois crimes de homicídio aqui estivessem a ser julgados", um objetivo que não foi possível alcançar.
"Não vamos desistir e temos uma coisa que outros não têm, que é tempo, temos todo o tempo do mundo", sublinhou Luís Neves, depois de ter sido ouvido como testemunha no processo.
Confrontado com o facto de não haver detenção do suspeito, apesar de a sua identidade ser conhecida das autoridades desde os acontecimentos na madrugada de 19 de março de 2022, junto à discoteca Mome, em Lisboa, Luís Neves lamentou a situação e reiterou que "não foi por falta de esforço ou empenho" da PJ.
Fábio Guerra, de 26 anos, morreu em 21 de março de 2022, no Hospital de São José, em Lisboa, devido a "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior da discoteca Mome, em Alcântara, quando se encontrava fora de serviço. .
O Ministério Público (MP) acusou em setembro os ex-fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko de um crime de homicídio qualificado, três crimes de ofensas à integridade física qualificadas e um crime de ofensas à integridade física simples no caso que culminou com a morte de Fábio Guerra.
[notícia atualizada às 17h00]