O Presidente da República considera que nem tudo foi negativo durantes estes dois anos de pandemia, nomeadamente nas escolas. No regresso da iniciativa “Artistas no Palácio de Belém”, Marcelo Rebelo de Sousa disse aos alunos da escola Fernando Lopes Graça, de Cascais, que nem tudo foi perdido. Mais ou menos como nos anos da Revolução de 1974.
“Eu acho que foram dois anos letivos mais ou menos semiperdidos. Ou semiachados – aquilo que se perdeu em estudo, ganhou-se em experiência de vida”, defendeu.
“Faz-me lembrar um bocadinho a Revolução. Mais estimulante do que viver com Covid. Mas viver com Covid também foi estimulante: descobriu-se coisas, em nós e nos outros, que porventura não tínhamos descoberto”, acrescentou.
Na iniciativa participou também o escultor Rui Chafes, que conversou com os alunos, mas não quis ser filmado nem autorizou a gravação da conversa. Do chefe de Estado, só recebeu elogios: “é um didata. Parece tímido, parece reservado, parece às vezes agreste, mas não é. Ao contrário disso tudo. E, além da escultura, faz o que vocês possam imaginar, embora o que adore seja cultura”.
Os “Artistas no Palácio de Belém” vão continuar a acontecer todas as terças-feiras, estando previstas as presenças de Pedro Cabrita Reis, Vihls, Pedro Calapez, José Guimarães e Joana Vasconcelos.