A partir de Lisboa, comissário pede união europeia na ajuda aos refugiados
31-05-2016 - 19:03

“Não há caminhos solitários na Europa”, afirmou Dimitris Avramopoulos na recepção a dezenas de refugiados no aeroporto Humberto Delgado.

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O comissário europeu da Migração, que está de visita a Lisboa, afirma que “não há caminhos solitários na Europa” e apela aos estados-membros para que actuem como europeus.

“Infelizmente, no momento em que estamos aqui, há pessoas a morrer no Mediterrâneo. Temos que acabar com este drama”, disse Dimitris Avramopoulos no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, à margem da chegada de um grupo de 31 refugiados, maioritariamente sírios, que estavam em campos na Grécia.

O comissário responsável pela Migração, Assuntos Internos e Cidadania lembra que ainda há muito por fazer no apoio a estas pessoas.

Segundo dados divulgados esta terça-feira pela ONU, desde Janeiro já foram contabilizadas mais de 2.500 mortes. 2016 já é considerado um ano mortífero no Mediterrâneo.

O comissário reconhece a urgência da situação e apela à participação de todos os estados-membros da União Europeia.

“É por isso que a Europa está a trabalhar de forma árdua, desde o início desta comissão, para adoptar uma política europeia comum para a migração e tomarmos todas as medidas necessárias. Mas é muito importante, de forma a podermos adoptar as medidas necessárias, que todos os estados-membros participem. Não há caminhos solitários na Europa, estamos juntos, estamos a trabalhar juntos, estamos a decidir juntos, temos que implementar juntos o que decidimos”, declarou.

“Se posso mandar uma mensagem aos outros países europeus, aos outros estados-membros a partir de Lisboa, é que pensem, sintam e actuem como europeus, de acordo com os princípios de solidariedade e responsabilidade”, salientou o grego Dimitris Avramopoulos.

Os 31 refugiados que chegaram esta terça-feira ao aeroporto Humberto Delgado vão ser distribuídos pelo país com o apoio da Câmara de Lisboa, Cruz Vermelha, União das Misericórdias, Plataforma de Apoio aos Refugiados e Fundação António Silva Leal.