Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
O secretário-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou esta segunda-feira que irá promover uma avaliação independente à forma como lidou com a crise do novo coronavírus “assim que for apropriado”, comprometendo-se em prestar contas com total transparência.
“Todos temos lições a aprender com esta pandemia. Cada país e cada organização devem analisar as suas respostas e tirar ilações desta experiência”, declarou. Tedros Adanom, na abertura da Assembleia da organização que lidera.
Agradeceu também aos oradores presentes o seu apoio à OMS nesta época crítica. Acrescentando que este inquérito deve avaliar as responsabilidades de todos os atores neste processo.
Considerando que a luta contra esta pandemia ainda está muito longe do fim, Tedros Adanom declarou que o mundo não precisa de outra organização de saúde, mas sim de fortalecer a que já existe.
E dirigindo-se aos países que começam agora a levantar as medidas restritivas adotadas para evitar a propagação da doença, o secretário-geral da OMS alertou esta segunda-feira para os perigos de agir de forma demasiado rápida e sem robustecer os sistemas de saúdes, considerando que uma abertura precipitada coloca os países em risco e pode pôr em causa a sua recuperação.
Adanom referiu, a propósito, os resultados preliminares dos primeiros testes serológicos que mostram que, há países onde menos 20% da população teve contacto com a doença, mas há outros onde essa percentagem não chega aos 10%.
A necessidade de estabelecer com rigor a origem desta pandemia está a ser exigida por 122 países que subscreveram um document no qual é pedida a realização de um inquérito independente, imparcial e abrangente. A China já reagiu, considerando que ainda é cedo para iniciar tal processo.