"Panama Papers". Putin rejeita corrupção através de "offshores"
07-04-2016 - 13:45

Presidente russo atribui o aparecimento do seu nome no caso a uma estratégia dos adversários ocidentais da Rússia.

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O Presidente russo, Vladimir Putin, negou "qualquer elemento de corrupção" no seu envolvimento no caso "Panama Papers", afirmando, esta quinta-feira, em S. Petersburgo, que os adversários ocidentais da Rússia tentam desestabilizar o país.

São as primeiras declarações de Putin após a divulgação do escândalo no qual surge envolvido. De acordo com o Presidente russo, os adversários da Rússia "estão preocupados com a unidade da nação russa", procurando criar divisões internas no país, com o objectivo de tornar a Rússia "mais obediente".

Os documentos analisados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação dão conta de várias empresas “offshore” detidas por pessoas do círculo próximo de Putin, que poderão ter sido usadas para lavagem de dinheiro.

Uma das pessoas próximas de Putin envolvidas no caso é o violoncelista Sergei Roldugin, de quem o Presidente é amigo desde a adolescência e que escolheu para padrinho da sua filha Maria.

"Há um certo amigo do Presidente, ele fez tal e tal coisa, e provavelmente há um elemento de corrupção lá, mas não há nada", exemplificou Putin, que elogiou Roldugin, destacando as doações que tem feito a favor de instituições.