O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse esta tarde, em Lisboa, que a maioria absoluta do PS, nas últimas legislativas, “serve os senhores do dinheiro” e permite ao partido de António Costa “levar mais longe o compromisso com a política de direita”.
“Basta ver o foguetório que por aí vai a saudar a maioria absoluta do PS, vindo dessas paragens do grande capital, seja do patrão dos patrões da CIP, seja dos banqueiros, como o presidente do BPI”, afirmou o secretário-geral do PCP, na sessão “PCP - Contigo todos os dias” que decorreu este sábado, no Fórum Lisboa.
Perante um auditório cheio, Jerónimo de Sousa afirmou que a maioria absoluta permite ao PS “manter a sua opção de subordinação aos grandes interesses económicos que dominam o país”.
"O orçamento do Estado foi o pretexto para quem aspirava ficar de mãos livres para regressar à sua política de sempre", frisou o líder comunista.
Resultado das legislativos: "um elemento negativo"
Sobre o resultado das legislativas, que levou a que o PCP passasse de 12 para 6 deputados, Jerónimo de Sousa admitiu que se trata de uma “significativa perda” para o partido, que representa “um elemento negativo na vida nacional”.
Afirmando que “sopram ventos contrários”, o secretário-geral do PCP disse ainda que os “resultados não excluem uma análise mais aprofundada”.
"O que muitos não viram ou não compreenderam naquele dia da votação, irão compreender amanhã, estamos certos, quando um falso voto útil dado ao PS, em nome do combate à direita, se traduzir num voto inútil para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo e do combate a essa mesma direita", disse Jerónimo de Sousa.
[notícia atualizada às 18h37]