A direção do CDS-PP defende que as eleições legislativas antecipadas se realizem "o mais rapidamente possível", justificando que prolongar uma crise política "prejudicaria a recuperação social e económica dos portugueses".
No final de uma reunião com o presidente da Assembleia da República, o líder parlamentar do CDS-PP considerou que, em caso de dissolução da Assembleia da República, as eleições antecipadas poderão ocorrer a partir de janeiro, defendendo ser necessário dar tempo para que "uma alternativa política" se afirme.
Afirmando que "é preciso que haja uma alternativa política de centro-direita e de direita para ser apresentada ao país" e que "os dois partidos que são os partidos de governação nessa área política" vão ter eleições internas em breve, Telmo Correia salientou que "é importante que essas escolhas sejam feitas e que a seguir se realizem as eleições".
Quanto à data para as eventuais eleições antecipadas, Telmo Correia recusou que se realizem na altura do Natal, e defendeu que "a partir do final de janeiro, a partir do final de fevereiro, em normalidade poder-se-iam realizar as eleições".
Depois das declarações do líder parlamentar, fonte da direção do partido afirmou à agência Lusa que "as declarações do Telmo Correia sobre a data das eleições só o vinculam a ele".
"A direção do CDS-PP é órgão que define a estratégia política do partido, e em caso de dissolução da Assembleia da República defenderá eleições legislativas o mais rapidamente possível", indicou a mesma fonte.
A liderança centrista salienta que "o país está em primeiro lugar e não pode prolongar uma crise política que só prejudicaria a recuperação social e económica dos portugueses".
O Orçamento do Estado para 2022é votado na generalidade na quarta-feira, e a confirmar-se os sentidos de voto anunciados pelos partidos, deverá ser rejeitado.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já disse que caso se confirme o chumbo, iniciará o processo de dissolução do parlamento.